INTRODUÇÃO
A crescente demanda de órgãos e escassez de indivíduos doadores impulsionou a bioimpressão 3D como inovação terapêutica promissora e eficaz na medicina regenerativa.
O registro inicial dessa tecnologia ocorreu nos anos 80. Com o seu desenvolvimento, a bioimpressão passa a criar estruturas tridimensionais com células integradas a biomateriais compatíveis. Com exames de imagem, dados sobre estrutura e características dos tecidos são fornecidos, aumentando a precisão da configuração do órgão. Usando células próprias do paciente, a compatibilidade dos tecidos e órgãos é elevada, reduzindo o risco de rejeição imunológica e melhorando o prognóstico.
OBJETIVOS
O trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura a respeito da revolução no transplante de órgãos a partir dos impactos gerados pela bioimpressão 3D.
MÉTODO
Foi realizada uma revisão integrativa de literatura de artigos científicos disponibilizados nas bases de dados SciELO, Science Direct, MedComm e PubMed, abrangendo o período de agosto de 2017 a setembro de 2023. Foram selecionados artigos que incluem os termos: “bioprinting”, “printing 3D”, “organ transplant”. Como critério de inclusão, preferenciou-se artigos mais recentes e que abordam objetivamente o tema. Para exclusão, descartou-se trabalhos em duplicata e que não abordam diretamente o tema. Utilizou-se um total de 10 artigos.
RESULTADOS
O estudo dos artigos selecionados evidenciou que o campo de desenvolvimento de bioimpressão encontra-se em expansão acelerada, na qual a estimativa de crescimento anual composta (CARG) é de 15,8% até 2030.
Notam-se resultados favoráveis da bioimpressão de pele, ossos e cartilagens. Ainda, pode-se citar a impressão de estruturas musculares e vasculares e o desenvolvimento preliminar de órgãos, com potencial para transplante no futuro.
A bioimpressão de células-tronco também permite criar tecidos complexos com mais viabilidade e menor risco de rejeição. No entanto, a instabilidade de células pós-fabricação é uma limitação em impressões 3D devido à ausência de células progenitoras, sinalização física e difusão generalizada (Jabbari, 2011).
Apesar dos avanços, observa-se desafios para a implementação da bioimpressão como alternativa para transplantes e terapias regenerativas, como exemplo a escolha de biomateriais e a dificuldade de criação de redes vasculares que garantam a perfusão eficiente de tecidos grandes.
CONCLUSÃO
A bioimpressão 3D mostra-se em crescente, com impactos concretos na criação de tecidos e órgãos, ainda que necessário o aperfeiçoamento técnico para aplicabilidade clínica. Com seu desenvolvimento, as expectativas são: a superação da escassez de órgãos disponíveis e a revolução da técnica de transplante de órgãos. Portanto, a divulgação desse tipo de tecnologia, bem como o conhecimento sobre sua aplicação, é importante para o futuro uso dos profissionais dessa técnica como ferramenta na prática cirúrgica.
Comissão Organizadora
Taynah de Sousa Rodrigues da Cunha
Rafael Pinto Silveira
Comissão Científica